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Células-tronco e a odontologia: quais seriam as indicações?

As células-tronco são aquelas que têm a capacidade de se diferenciarem em vários tecidos humanos. Podem ser de três tipos: totipotentes ou embrionárias, que con­seguem dar origem a qualquer uma das 216 células que formam o corpo humano; pluripotentes, que conseguem diferenciar-se na maioria dos tecidos humanos e as multipotentes que conseguem diferenciar-se em apenas alguns tecidos.

Estudos encontraram uma população de prováveis células-tronco pós-natal na polpa dentária humana. A característica mais importante dessas células é sua habilidade em regenerar tecido com arquitetura similar ao complexo dentino-pulpar, composto de células e vasos sanguíneos num arranjo semelhante ao encontrado na polpa dentária.

Quais seriam as indicações do uso de células tronco na odontologia: elas seriam a solução para a perda dentária? Impediriam a perda óssea? Poder-se-ia pensar, de forma futurista, ao visitar o dentista, encomendar um dente? Para Paul Sharpe, do Kings College de Lon­dres, essa visão futurista pode não de­morar muito. Talvez dentro de dez anos o paciente ao se dirigir a um consultório pode extrair algumas células que, traba­lhadas por engenharia genética, serão induzidas a formar um novo dente. A engenharia tecidual envolvendo células-tronco, recapitulando o meio ambiente embrionário, demonstra que células-tron­co adultas, de origem odontogênica ou não. podem contribuir para a formação de dentes em condições apropriadas.

Criar um dente a partir de células-tronco é hoje, realidade em âmbito experimental. Pam Yelick e Jay Vacantes, do Instituto Forsyth, de Boston, conseguiram gerar, com sucesso, pequenos dentes que continham estruturas epiteliais e mesenquimais. Esse trabalho contou com a participação de pesquisadores brasileiros (Duaiiibi, MT e Duailibi, SE).

As dificuldades na criação dos dentes por meio de células-tronco são muitas porque os processos biológicos envolvidos na formação dentária são extremamente complexos.

A substituição de dentes perdidos pela engenharia tecidual em humanos ainda está em um estágio inicial, caro e difícil de reproduzir. Entretanto é uma real possibilidade.

Na nossa realidade cárie, pulpites e periapicopatias são as principais causas da perda dentária. Há uma enorme demanda por serviços odontológicos para uma parcela significativa da população brasileira. Para mudar essa realidade é necessário repensar o ensino odontológico, que precisa se adaptar aos novos conceitos, às inovações científicas, valorizando o ensino da ciência básica que permite abordar assuntos como célula-tronco, biologia molecular e etc, como ferramentas para o atendimento clínico, visto que o modelo de atenção clínica baseado unicamente em procedimentos restauradores fracassou. O ensino de odontologia deve ter como objetivo a formação de um profissional generalista, com sólidos conhecimentos técnicos-científicos, humanísticos e éticos, orientado para a promoção de saúde e a prevenção de doenças bucais prevalentes, sem esquecer da capacidade de apreender as inovações tecnológicas, como lidar com as células-tronco.

Diante de tantos caminhos é preciso perguntar: iremos conseguir implantar brotos dentários? Será o fim dos implantes? Teremos uma terceira dentição?

Comentário CCB:

A Odontologia também será muito beneficiada com a utilização da terapia celular.



Fonte: Dra. Marilia Vanzelli

Publicado em: 25 de setembro de 2010 às 00:09.
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