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Células-tronco restauram sentidos de animais

Cientistas usaram células-tronco embrionárias para dar visão a girinos e restaurar a audição de porcos, em uma experiência que pode ser um primeiro passo para, no futuro, ajudar as pessoas que têm esse tipo de deficiência. No experimento, um grupo de pesquisadores usou células da medula óssea humana para fazer com que o porco voltasse a ouvir. Ele havia perdido a audição por conta da exposição a produtos químicos.

Segundo Sujeong Jang, pesquisadora da Chonnam National University, da Coréia do Sul, as células-tronco humanas foram transplantadas para as cobaias. Ela contou que, três meses depois, os animais demonstraram sinais de que tinham voltado a ouvir. "Quando as células ciliadas do ouvido interno dos seres humanos e outros mamíferos são mortas - por um ruído forte, auto-agressão, drogas tóxicas, ou envelhecimento - o dano é permanente", explicou Jang.

Já um outro grupo de cientistas usou células-tronco de sapos para fazer com que girinos deixassem de ser cegos. De acordo com Michael Zuber, da Universidade de Medicina em Syracuse, nos Estados Unidos, com esse procedimento, foi possível conhecer sete novos fatores na formação dos genes dos olhos.

Embora não haja utilizações imediatas para os seres humanos, os pesquisadores disseram que as suas conclusões ajudam a descrever alguns dos processos biológicos relacionados ao desenvolvimento da audição e da visão, e isso, segundo eles, pode ajudar no desenvolvimento do campo da medicina regenerativa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 10% da população do globo têm algum grau de deficiência auditiva e mais de 124 milhões de pessoas têm problemas para enxergar.

"Essas descobertas ajudam na pesquisa sobre células-tronco continuado o extraordinário potencial para tratar uma vasta gama de doenças mortais e incapacitantes que afetam milhões de pessoas", disse Anand Swaroop, pesquisador do National Eye Institute.

Comentário CCB:

Os "milagres" produzidos pelas células-tronco, ainda estão só no começo, e muito há de se pesquisar ainda.

Dr. Carlos Alexandre Ayoub

Diretor Clínico CCB

CRM 19202

Fonte: BBC