A clonagem é um mecanismo de produção de indivíduos geneticamente iguais. A reprodução assexuada de algumas bactérias, insetos e plantas ocorre por clonagem.
No entanto, ela também é uma técnica utilizada na biotecnologia, mais especificamente na engenharia genética, que funciona como um tipo de reprodução artificial.
O processo de clonagem não usa gametas para dar origem aos novos indivíduos que são chamados de clones.
Ela produz indivíduos que são cópias genéticas, ou seja, possuem o mesmo material genético do indivíduo que doou a célula somática para a clonagem.
Existem vários tipos de clonagem, que podem ser classificadas como naturais ou artificiais. As técnicas utilizadas para cada uma delas podem variar de acordo com o objetivo do procedimento.
A clonagem natural ocorre em algumas plantas, insetos e bactérias como forma de reprodução assexuada.
Ela também pode acontecer nos humanos, na gravidez de gêmeos univitelinos, que são formados a partir de um único embrião que se divide ao meio.
A clonagem induzida é a reprodução assexuada artificial manipulada em laboratório para produzir clones.
A clonagem reprodutiva tem como objetivo a produção de organismos idênticos ao progenitor deles.
Durante essa clonagem é realizada a transferência nuclear, ou seja, retira-se o núcleo de uma célula gamética e introduz-se o núcleo da que será clonada, podendo ser o de outra célula gamética ou de uma somática.
Geralmente, esse processo é feito em células gaméticas que, depois de terem o núcleo trocado, são introduzidas no útero/ovário do organismo para dar continuidade ao desenvolvimento do embrião.
Esse tipo de clonagem pode causar o envelhecimento precoce do clone e, consequentemente, causar a morte precoce dele.
Os clones também podem apresentar anomalias possivelmente causadas por falhas na reprogramação do genoma.
A técnica da clonagem reprodutiva é mais eficaz quando os núcleos transferidos também são de células embrionárias e não de células adultas.
A clonagem terapêutica ocorre de forma semelhante à clonagem reprodutiva, entretanto, a célula clonada não é introduzida no útero para se desenvolver.
As células clonadas se desenvolvem e formam células-tronco com capacidade para se dividir e diferenciar em outros tipos celulares.
Essas células-tronco são direcionadas para formar tecidos específicos geneticamente iguais aos do doador.
A clonagem terapêutica é uma técnica que poderia ser utilizada para tratamento de doenças, substituição de órgãos e tecidos que estejam com alguma deficiência.
Usando esse tipo de técnica para a realização de transplantes, por exemplo, os riscos de rejeição seriam completamente reduzidos, pois o material transplantado teria o mesmo material genético do receptor.
No entanto, se o paciente que for receber o transplante tiver algum tipo de doença genética, ele não pode ser seu próprio doador, pois a mutação que causa a doença estaria presente em todas as células, inclusive no novo órgão ou tecido produzido por clonagem terapêutica.
As células-tronco tem a capacidade de ao se dividir se diferenciar em vários tipos de tecidos. In Vitro essa diferenciação pode ser controlada.