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Células-tronco do tecido adiposo são capazes de regenerar a uretra de coelhos, conclui estudo da Unifesp

O estudo realizado pela Unifesp - na forma de transplante autólogo (do próprio doador) - abre perspectivas no tratamento definitivo da incontinência urinária em humanos. Além da vantagem da fácil obtenção, inclusive em grande número, a utilização de células do tecido adiposo nesse tipo de transplante também diminui os riscos de rejeição.

De acordo com Fernando Almeida, urologista e professor do Departamento de Urologia da Unifesp, a terapia pode ajudar, no futuro, homens e mulheres com incontinência urinária que não respondem aos tratamentos convencionais - medicamentos, fisioterapia pélvica ou cirurgias. "Já vimos que essas células têm o poder de se diferenciar e se transformar em músculos na uretra de coelhas, regenerando o órgão afetado", explica. "Entretanto, apesar de estarmos animados com os resultados, temos que continuar os testes em animais para verificarmos a viabilidade, eficácia e, principalmente, segurança de essas células não se transformarem em tumores, antes de a terapia ser aplicada em humanos".

Este é o primeiro estudo a demonstrar a viabilidade do transplante autólogo de células-tronco derivadas do tecido adiposo no trato urinário. O trabalho foi publicado recentemente no International Urogynecology Journal. Em 2005, Almeida já havia publicado um artigo demonstrando a incorporação e diferenciação de células-tronco derivadas do tecido adiposo humano na uretra e bexiga de ratos imunossuprimidos.

Como foi feito o estudo - O pesquisador criou modelos animais de incontinência urinária em 12 coelhos, todos fêmeas, antes de separar células-tronco de seus tecidos adiposos. Após a identificação e separação das células-tronco retiradas desse tecido, as mesmas foram injetadas em seus respectivos organismos, especificamente no canal da uretra. Entre duas e quatro semanas após o transplante autólogo, foi verificada a formação de nódulos celulares na parede uretral dos animais. Oito semanas depois, as células já haviam se espalhado e integrado ao canal da uretra, sem apresentar nenhum sinal de processo inflamatório.

Incontinência Urinária e qualidade de vida - A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina, decorrente da insuficiência e enfraquecimento de músculos da região pélvica responsáveis pela fechamento da uretra.

Fernando Almeida explica que existe tratamento para a incontinência urinária e que, geralmente, não necessita de cirurgia. "Hoje em dia, a incontinência é uma condição que pode ser curada, tratada ou conduzida de uma forma que o problema não interfira no estilo de vida saudável, produtivo e ativo", afirma. "Pequenas mudanças comportamentais possibilitam uma melhora significativa na qualidade de vida dessas pessoas, tanto no âmbito emocional, quanto psicológico e social".

Estima-se que 60 milhões de pessoas em todo o mundo sofram do problema e que entre 15% a 30% das com mais de 60 anos, que vivem em ambiente domiciliar, apresentem algum grau de incontinência. Mulheres também têm duas vezes mais chances de apresentar incontinência.

Comentário CCB:

Após aprovação pelo CONEP, os estudos passam para humanos e se mantiver o indice de cura, liberado para a população em geral.



Fonte: ABN News

Publicado em: 28 de abril de 2010 às 00:04.
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