Procedimento já é autorizado na Europa, e prevê crescimento na aplicação estética e reparadora no Brasil.
As brasileiras podem ter mais uma opção para aumentar os seios: a aplicação de célula-tronco. A cirurgia para aumento dos seios mais utilizada no Brasil é a de prótese de silicone, com cerca de 110 mil procedimentos por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), a frente da lipoaspiração e até da cirurgia de abdômen.
As cirurgias com célula-tronco para aumento dos seios acontecem através da extração de gordura da região abdominal ou região interna do joelho, onde há maior concentração de células-tronco no tecido adiposo. O procedimento tem auxílio de uma máquina chamada de ‘Celution System’, que trata a gordura retirada com enzimas e a centrifuga até que as células-tronco sejam isoladas, para depois misturá-las com uma pequena quantidade de gordura que serão injetadas com seringas nos seios. Tal metodologia é possível, pois as células-tronco têm capacidade de proliferação, e se transformam em qualquer tipo de célula para aumento da região indicada; no caso, os seios.
O aumento dos seios com célula-tronco é um método inovador tanto para a área estética, como para mulheres afetadas por tumor nas mamas. No Japão, vinte mulheres que haviam retirado parte do seio devido a um tumor, se submeteram a uma experiência onde receberam enxertos de células-tronco nos seios, em 2006. Um ano depois, os cirurgiões envolvidos anunciaram o sucesso das cirurgias, onde todas as mulheres tiveram os seios reconstituídos, sem necessitar de próteses de silicone. Uma das principais vantagens é o aspecto natural mantido após este procedimento: "estudos mostram que a aplicação de células-tronco derivados da gordura retirada da lipoaspiração aumenta em cerca de 4 centímetros a circunferência dos seios, e mantêm a pele macia e o resultado mais natural", completa o cirurgião plástico Gustavo Tilmann.
O especialista Tilmann ainda aponta para um problema neste método: "Uma limitação nestes casos é que a quantidade de gordura utilizada para atingir certo tamanho é muito maior do que a prótese; uma aplicação de 200 mililitros nas duas mamas necessita de cinco vezes desse volume em gordura. Nem todas as mulheres tem essa quantidade de gordura no corpo para fazer a cirurgia em segurança, por isso acredito que tal sistema não posa substituir por completo as próteses de silicone".
No congresso da ABRATRON, em setembro de 2012, o Dr. Kotaro Yoshimura da Universidade de Tokio, mostrou seu trabalho em reconstituição de mamas, usando células-tronco mesenquimais, com resultados promissores, onde conseguiu dar volume as mamas, formando gordura.
Fonte: ISaúde