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Célula-tronco é utilizada em cirurgia odontológica

Procedimento reduz em até dois meses período de recuperação. Odontólogos da Faculdade São Leopoldo Mandic aplicam células-tronco em paciente: a primeira do País.

A Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, deu um passo importante para o uso de células-tronco sanguíneas nas cirurgias odontológicas realizadas no centro de ensino, o que também irá possibilitar a expansão das pesquisas sobre o tema.

Isso graças a um equipamento desenvolvido por hematologistas do instituto de Biociências da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e que foi adquirido pelo centro acadêmico de Campinas.

É a primeira faculdade brasileira de odontologia a possuir o aparelho, que separa as plaquetas de forma mais precisa, permitindo potencializar a produção de células-tronco.

O novo procedimento utiliza células-tronco sanguíneas, ou seja, são extraídas do sangue do próprio paciente e aplicadas nele mesmo, reduzindo a zero as chances de rejeição.

As primeiras cirurgias com o uso das células beneficiam pacientes que necessitam de cirurgias plásticas periodontais e peri-implantárias, bucomaxilofaciais e implantodontia.

O objetivo principal é a aceleração na cicatrização, preenchimento de tecidos, melhora na qualidade de vida e até a cura de algumas patologias.

“O retorno para o paciente é ótimo. Elas substituem os corticoides, possibilitando um pós-operatório excelente, porque as células genitoras (plaquetas) são analgésicas e anti-inflamatórias”, explicou o coordenador dos cursos pós-graduação da São Leopoldo Mandic, professor Eduardo Saba-Chujfi, especialista em periodontia.

Segundo ele, a recuperação de uma cirurgia com aplicação de células-tronco dura um mês, em média, com bons resultados já a partir da terceira semana. Pelos métodos convencionais, o pós-operatório dura até três meses.

A centrífuga desenvolvida nos Estados Unidos possui dois tipos de velocidade, que faz movimentos pendulares, trabalhando em duas rotações distintas. Essa técnica obteve o melhor aproveitamento da concentração do número de células-tronco. São necessários apenas 14 minutos para a centrifugação do sangue.

Mas o segredo não está apenas na nova tecnologia. Para ter o resultado esperado no número de células colhidas, é importante coletar o sangue de forma adequada, para não causar dano ao tecido sanguíneo e para que as células permaneçam capazes de se reproduzirem e formarem outros tecidos. “O sangue tem que ser retirado com cuidado. A gentileza na hora da coleta é fundamental”, explicou o professor.

Após a retirada, o sangue é depositado em um recipiente de acetato, que também foi desenvolvido pelos especialistas norte-americanos para que a capacidade de reprodução das células seja mantida. “Conseguimos aumentar o nível de células-tronco em 64%. Antes, a quantidade de células-tronco era um décimo do que conseguimos hoje com o novo equipamento”, disse o professor.

As plaquetas que serão utilizadas nas cirurgias ficam depositadas no fundo de uma das partes do recipiente. São elas as células genitoras que irão gerar as células-tronco.

Em uma cirurgia de enxerto ósseo, para corrigir retração gengival — quando as raízes dos dentes ficam expostas — as células extraídas do sangue foram utilizadas para hidratar o osso medular, o que no procedimento padrão é feito com soro fisiológico. A mistura com as plaquetas é aplicada no tecido, potencializando a formação óssea e eliminando o problema.

O uso das células-tronco sanguíneas também irá possibilitar o desenvolvimento de pesquisas.

Na Faculdade de Odontologia da São Leopoldo Mandic, três teses de mestrado serão conduzidas a partir desse novo procedimento.

Comentário CCB:

As células-tronco retiradas da polpa dentária dos dentes de leite tem alto potencial de cura, não só na odontologia como também na ortopedia e oftalmologia.



Fonte: iG Paulista

Publicado em: 8 de dezembro de 2012 às 00:12.
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