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Robôs fazem mini-órgãos a partir de células-tronco

Nós já sabemos que a possibilidade de usar células-tronco para fazer mini-órgãos traz várias vantagens, podendo aumentar a eficiência das pesquisas para a descoberta de novos fármacos e diminuir a necessidade de testes em animais. Além dos órgãos de interesse para ação do medicamento em questão, três órgãos são fundamentais para estudar os efeitos de um medicamento no organismo: intestino (para estudar a absorção), fígado (para estudar fatores relacionados ao metabolismo da substância) e rins (importante para entender a taxa de eliminação de um medicamento pelo organismo).

Alguns estudos para testar medicamentos usando células-tronco são conduzidos usando células ou desenvolvendo estruturas com células em 2D, mas o uso de mini-órgãos em 3D e com complexidade estrutural que possa imitar o funcionamento dos órgãos reais é o ideal para conseguir resultados que possam, de fato, substituir alguns testes em animais e seres humanos e, também, acelerar o processo de descoberta de novos medicamentos ou novos usos para medicamentos já existentes. Nesse sentido, fazer mini-rins em laboratório é um dos maiores desafios dos cientistas, pois os rins são órgãos extremamente complexos e compostos por várias estruturas e células diferentes.

Mas as pesquisas nessa área são intensas e os resultados têm sido muito bons. Cientistas do Reino Unido já conseguiram fazer mini-rins que funcionavam quando implantados em camundongos, e agora pesquisadores nos Estados Unidos deram um passo importante para a aplicação desse tipo de tecnologia em larga escala na indústria farmacêutica: eles conseguiram automatizar o processo de produção de mini-órgãos e análise de dados produzidos, aumentando tanto a confiabilidade dos resultados produzidos como a rapidez com que eles podem ser obtidos.

O trabalho foi publicado na prestigiada revista Cell Stem Cell e descreve o uso dessa técnica para produção de milhares de mini-rins em apenas 21 dias. Eles aplicaram a técnica para estudar doença policística dos rins e fizeram uma descoberta inesperada: a miosina, importante para o processo de contração muscular, parece desempenhar um papel importante no desenvolvimento dessa doença que pode levar à falência renal.

A expectativa é que esse protocolo de automatização da produção de mini-órgãos possa impulsionar o uso dessa abordagem no estudo de novos medicamentos – além de mudar a dinâmica de trabalho dentro dos laboratórios, deixando os cientistas com mais dados e mais tempo livre para pensar sobre eles.

Referências:
• Dan Robitzski. Futurism: Robots Can Grow Humanoid Mini-Organs From Stem Cells Faster And Better Than People
• Czerniecki SM et al. High-Throughput Screening Enhances Kidney Organoid Differentiation from Human Pluripotent Stem Cells and Enables Automated Multidimensional Phenotyping. Cell Stem Cell. 2018

Comentário CCB:

As células-tronco pluripotentes, conseguem se transformar em vários tecidos e órgãos do nosso organismo, e com muita técnica, consegue-se também “in vitro.”

Fonte: tudosobrecelulastronco.com.br

Publicado em: 6 de julho de 2018 às 16:07.
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