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Cientistas do Paraná usam células-tronco mesenquimais para corrigir degeneração da articulação temporomandibular causada por cirurgia

Para certas doenças e lesões da mandíbula, cirurgia pode ser a única opção terapêutica disponível. No entanto, intervenções cirúrgicas nessa região podem levar à degeneração da articulação temporomandibular – e piorar o próprio quadro que a cirurgia tencionava corrigir. Para evitar que isso aconteça, um grupo da PUC do Paraná testou um novo procedimento envolvendo células-tronco mesenquimais do septo nasal, com excelentes resultados.

O grupo testou o efeito das células-tronco após um tipo de cirurgia facial chamada de cirurgia ortognática. O nome vem do grego orthos, reto, e gnathos, mandíbula, e se trata de um procedimento que altera a posição do queixo e maxilar e pode ser recomendado tanto por questões funcionais como estéticas. Esse reposicionamento afeta a articulação temporomandibular e, em muitos casos, pode causar degeneração da cartilagem e reabsorção óssea – o que por sua vez pode requerer uma nova cirurgia, e piorar ainda mais o quadro do paciente.

Para evitar esse problema, o grupo da PUC do Paraná decidiu aplicar células-tronco mesenquimais diretamente na articulação temporomandibular de um paciente que havia se submetido a cirurgia ortognática. As células-tronco foram retiradas do septo nasal do próprio paciente e apresentam muitas semelhanças com as células da articulação temporomandibular, além de apresentarem grande capacidade proliferativa e atividade antiinflamatória.

A equipe realizou uma prova de conceito, ou seja, o procedimento foi testado em um único paciente, que não tinha nenhuma outra opção de tratamento. Um ano depois da terapia, os resultados são excelentes: a cartilagem foi reparada, a reabsorção óssea revertida e a função mastigatória recuperada. Os resultados levaram ao início de um ensaio clínico que vai recrutar mais pacientes e confirmar que o tratamento realmente é eficaz. Se os resultados forem positivos eles podem levar a um tratamento regenerativo usando células-tronco mesenquimais feito 100% no Brasil.

Comentário CCB:

As células-tronco mesenquimais conseguem se diferenciar em tecido cartilaginoso e ósseo, de acordo com a necessidade do microambiente em que atuam.

Fonte: tudosobrecelulastronco.com.br | Ana Teixeira

Publicado em: 1 de novembro de 2018 às 15:11.
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