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Linfoma de Hodgkin acomete principalmente jovens entre 15 e 35 anos

A medicina ainda não descobriu o motivo para os adolescentes serem os principais acometidos pelo linfoma.

Região do pescoço é umas das principais onde os linfomas surgem. 

Em dez anos o câncer será a principal causa de morte no Brasil. Isso porque mesmo com o avanço da medicina os fatores de risco da doença estão relacionados com os hábitos de vida da população. Grandes avanços em tratamentos oncológicos têm proporcionado um cenário mais promissor aos pacientes, um exemplo é o linfoma de Hodgkin, no qual o tratamento pode alcançar a cura em até 90% dos casos.

A doença se origina nos gânglios do sistema linfático, responsável por produzir e transportar as células encarregadas pela imunidade do organismo e acomete, principalmente, jovens em idade ativa, entre 15 e 35 anos.

Segundo o último relatório do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 2.530 pessoas foram diagnosticadas com linfoma em 2018, no país. 

Sinais e sintomas

Seus sintomas não são estritamente definidos porque podem variar dependendo do paciente e em qual região do corpo a doença se manifesta. Alguns dos principais sinais e sintomas observados são coceira, inchaço indolor dos gânglios linfáticos do pescoço, axilas ou da virilha, fadiga persistente, febre e calafrios, suores noturnos, perda de peso e apetite e até mesmo maior sensibilidade à ingestão de álcool. 

Devido a esse inchaço dos linfonodos que a maioria dos pacientes procura atendimento médico, geralmente um clínico geral. Mas o diagnóstico precoce pode ser dificultado devido à incerteza gerada pelos sinais, que podem ser confundidos com ínguas inflamatórias. O linfoma de Hodgkin não é a causa mais comum de aumento de volume dos linfonodos. O aumento dos gânglios linfáticos, especialmente em crianças, é causado por infecções. Neste caso, o linfonodo retorna ao seu tamanho normal quando a infecção cede. Cabe ao médico realizar os exames e investigar a situação do paciente.

Ambos são cânceres hematológicos que atingem os gânglios do sistema linfático, células encarregadas pela imunidade do organismo e podem ainda afetar órgãos como fígado, medula óssea, ossos, entre outros. Normalmente, as doenças acometem pacientes jovens, entre 15 e 35 anos.

Detecção da doença 

O médico hematologista, Guilherme Perini explica que não existe exame preventivo para a doença. " O que temos, na verdade, são estratégias para diagnóstico mais precoce, como exame físico e investigação detalhada de pacientes com linfonodomegalias há mais de 30 dias, associados a sinais de alerta como febre, sudorese noturna, perda de peso, entre outros". 

Por que os jovens são os mais acometidos pela doença?

O médico explica que a medicina ainda não descobriu o motivo para os adolescentes serem os principais acometidos pelo linfoma. "Existem algumas teorias relacionando a infecção pelo vírus da mononucleose com o surgimento do linfoma alguns anos após, e como a primo infecção pelo EBV ocorre por volta dos 15 anos, seria responsável por esse pico em pacientes mais jovens. Essa teoria existe porque alguns pacientes com Linfoma de Hodgkin podem expressar na biopsia do gânglio, proteínas do vírus EBV. Porém, não sabemos o real impacto nem a sequência de eventos que levam ao linfoma". 

Diagnóstico e tratamento

O tratamento do linfoma de Hodgkin é considerado um dos tipos de câncer com maior probabilidade de cura. Cerca de 90% dos pacientes respondem ao tratamento. Para diagnosticar a doença, alguns exames são necessários, como o físico, para procurar vestígios da manifestação da doença nos linfonodos, exame de sangue e a biópsia para concluir o diagnóstico.

Em função das opções de tratamento definidas para cada paciente, uma equipe médica multidisciplinar pode ser formada por especialistas, como hematologista, oncologista e radioterapeuta, além de outras especialidades complementares.

É importante que todas as opções de tratamento sejam discutidas com a classe médica para alinhar os possíveis efeitos colaterais. Assim, a melhor decisão pode ser tomada, buscando a adaptação às necessidades de cada um.

Atualmente, os pacientes dispõem de linhas de tratamentos. A primeira opção utilizada geralmente é a quimioterapia, administrada por via venosa, que tem como objetivo destruir as células cancerígenas. Além disso, a radioterapia é realizada em conjunto. O tratamento emite raios com alto teor de energia na direção afetada pelos linfonodos e destrói ou cessa o crescimento dessas células. 

Apesar de ter alto índice de cura, ainda existem aqueles que não respondem à terapia adotada ou ainda voltam a ter a doença. Nesse caso, como segunda linha de tratamento pode-se recorrer ao transplante autólogo de células tronco, que consiste no fornecimento de células saudáveis ao paciente utilizando suas próprias células. 

Para pacientes recidivados e refratários, existe ainda a esperança de tratamentos medicamentosos. Quando se fala em câncer, é comum pensar em um paciente debilitado e inativo. Felizmente, o cenário pode ser diferente para o linfoma de Hodgkin que, quando diagnosticado precocemente, apresenta grandes chances de cura. Além disso, existe a disponibilidade de novos mecanismos para o tratamento da doença.

Comentário CCB:

Outro importante tratamento para este tipo de câncer é a imunoterapia.

Fonte: Redação Folha Vitória | Larissa Agnez

Publicado em: 4 de janeiro de 2019 às 17:01.
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