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Vitiligo: as causas e tratamentos para o controle da doença

Digital influencers como Sophia Alckmin e a modelo canadense Winnie Harlow estão ajudando a dissipar a nuvem de preconceitos e desinformação sobre o vitiligo.

Ao falarem abertamente sobre o vitiligo e mostrarem que levam uma vida normal, a modelo canadense Winnie Harlow e a blogueira Sophia Alckmin, que revelou o problema há cerca de um ano no Instragram, ajudam a esclarecer e, consequentemente, diminuir o preconceito sobre a doença que afeta cerca de 1% da população mundial e 0,5% da brasileira. “Não sofro de vitiligo, não sou uma modelo com vitiligo. Sou Winnie, modelo, e por acaso tenho vitiligo. Parem de pôr esses títulos em mim”, desabafou ela em março passado no Instagram.

“O principal e único sintoma da doença apresentado pela grande maioria dos pacientes é o surgimento de lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas de tamanho variado na pele que se formam devido a diminuição ou ausência de melanina, pigmento produzido pelos melanócitos, nos locais afetados”, explica a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD), que acrescenta: “Apesar de ser benigno e não contagioso, as lesões provocadas pelo vitiligo geram um impacto significante na qualidade de vida e na autoestima do paciente”.

Nem todos os motivos que desencadeiam a doença já foram esclarecidos, mas sabe-se que é autoimune e que a genética tem peso importante. Além disso, alterações ou traumas emocionais também podem estar entre os fatores que a desencadeiam ou agravam– no caso da Sophia Alkmin, o aparecimento das manchinhas coincidiu com a morte do irmão dela, Tomaz, em um acidente de helicóptero em abril de 2015.

Quanto à prevenção, não há maneiras conhecidas ou cientificadas comprovadas que ajudem a evitar o surgimento do vitiligo. Porém, pacientes que têm tendência ou já sofrem do problema devem evitar fatores que possam acelerar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes, como a exposição solar prolongada e sem proteção e o uso de roupas apertadas que provoquem atrito ou pressão sobre a pele. “Como há impacto na qualidade de vida e na autoestima do paciente, na maioria dos casos, recomenda-se também o acompanhamento psicológico, para prevenir o aparecimento de novas lesões e garantir efeitos positivos nos resultados do tratamento”, fala Ivonise Follador, médica dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Segundo Caio Castro, médico dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, apesar de ainda não haver cura, existem resultados excelentes e satisfatórios no tratamento do vitiligo, que visam controlar a doença, cessando o aumento das lesões (estabilização do quadro) e repigmentando a pele. “O tratamento é individualizado e pode ser realizado a partir da fototerapia com radiação ultravioleta B banda estreita (UVB-nb), fototerapia com ultravioleta A (PUVA), tecnologias como o laser, bem como técnicas cirúrgicas de transplante de melanócitos. Também existem medicamentos em fase de pesquisas e/ou estudos que devem surgir em médio prazo”, conta o médico.

Entre as promessas, está o emprego das células-tronco. “As células obtidas em laboratório por clonagem terapêutica podem reproduzir qualquer tecido de nosso organismo, o que será de grande valia para o vitiligo -- o tratamento consiste em aplicar cirurgicamente as células no local das lesões brancas fazendo com que repigmentem as machas”, explica Valéria Marcondes. Outro estudo recente, conduzido na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, analisa o uso de uma droga chamada Tofacitinib. “Trata-se de um medicamento biológico para tratar doenças autoimunes, como vitiligo, artrite reumatoide e psoríase. Na pesquisa, camundongos apresentaram boa repigmentação”, fala a dermatologista.

Por enquanto, porém, os tratamentos tradicionais são os mais indicados pelos os especialistas. A SBD alerta, ainda, para cuidado com medicamentos ditos milagrosos, fórmulas ditas naturais e receitas dadas por leigos. “Esses procedimentos podem levar à frustração e a reações adversas graves” pondera o médico Caio Castro. O dermatologista é o profissional mais indicado para realizar o diagnóstico e tratamento da doença. Busque um médico associado à SBD.

Comentário CCB:

A atenuação das “manchas” provocadas pelo Vitiligo, tem tido bons resultados com a terapia celular.

Fonte: G1.com/Vogue

Publicado em: 4 de julho de 2019 às 03:07.
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