Método polêmico, a edição de DNA por meio da tecnologia chamada CRISPR (Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas, em tradução livre) começou a gerar seus primeiros resultados. Dois pacientes humanos tiveram efeitos de suas doenças eliminados com a técnica.
Ambos tinham doenças genéticas no sangue. Em um deles, o corpo produzia poucos glóbulos brancos – talassemia – e havia começado o tratamento no mês de março. Já o outro – que começou o procedimento em abril – possuía anemia falciforme, ou seja, suas hemácias tinham um formato de foice.
Enquanto o primeiro não necessita mais de transfusões de sangue, o segundo deixou de sentir dores quando tem seus vasos sanguíneos entupidos.
O método é feito por meio de genes de células-tronco dos pacientes. Eles são levados a laboratórios e editados, de forma a ligar em uma versão de hemoglobina que costuma ser desativada quando a pessoa fica adulta. O último processo consiste em implantar novamente as células na medula óssea da pessoa, a fim de normalizar a produção de hemoglobina.
A técnica havia ficado famosa em 2018, após gerar polêmica por supostamente causar danos maiores ao que havia sido observado anteriormente. Até então, ela era considerada revolucionária e até foi cogitada a receber um prêmio Nobel de química.
A CRISPR Therapeutics e a Vortex agora pretendem aplicar o tratamento, como teste, em outros 45 pacientes, nos Estados Unidos, Canadá e Europa. A intenção é avaliá-los em um período maior.
Comentário CCB:
As terapias avançadas estão cada vez mais sofisticadas e com bons resultados.