Objetivo é entender como o órgão se desenvolve em fetos e combater doenças congênitas
Uma equipe de pesquisadores da Michigan State University (MSU) desenvolveu um modelo de coração humano em miniatura. Eles esperam que o organoide ajude-os a entender mais sobre o desenvolvimento do coração no feto e defeitos como doenças cardíacas congênitas.
Os cientistas usaram células-tronco adultas e um método que simula o desenvolvimento embrionário e fetal. Eles conseguiram gerar um coração em miniatura completamente funcional, com todas as câmaras e tecidos vasculares, em apenas algumas semanas. Isso permitiu acompanhar o processo de desenvolvimento de um coração fetal humano em tempo real.
Agora, os pesquisadores usarão o método para modelar e estudar doenças cardíacas congênitas. O processo ainda está em fase de aperfeiçoamento, mas os cientistas acreditam que esses corações em miniatura podem ser usados para estudar outras condições cardiovasculares, como a cardiotoxicidade induzida por quimioterapia e os efeitos da diabetes no desenvolvimento do coração de um feto.
"Esses mini corações constituem modelos incrivelmente poderosos para estudar todos os tipos de distúrbios cardíacos com um grau de precisão nunca visto antes", explicou Aitor Aguirre, professor da MSU e principal autor do artigo que detalha a pesquisa.
Criar corações humanos a partir de impressões em 3D ou fazê-los crescer usando células-tronco tem sido objeto de interesse recentemente. Pesquisadores de Chicago (EUA) a Tel Aviv (Israel) imprimiram corações em 3D de células derivadas dos pacientes, enquanto cientistas do Japão transplantaram tecido cardíaco cultivado em laboratório para um coração humano real.
Células-tronco tem a capacidade de se diferenciarem em tecidos e órgãos.