Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Miami e do Diabetes Research Institute, nos Estados Unidos, apontou que infusões de células-tronco podem acelerar a recuperação de pacientes com casos de Covid-19 mais graves e reduzir o risco de morte.
O estudo foi autorizado em abril de 2020 pelo FDA (Food and Drug Administration) e seus resultados foram publicados na última terça-feira (05) no jornal científico SCTM (STEM CELLS Translational Medicine).
Para a realização do ensaio clínico, participaram 24 pacientes que estavam hospitalizados com Covid-19, segundo informações do portal UOL. O estudo focou nos pacientes graves com acúmulo de fluido nos pulmões e com a síndrome de angústia respiratória aguda, uma inflamação grave e que pode ser fatal.
Uma parte dos enfermos que participaram do ensaio clínico receberam as infusões de células-tronco mesenquimais ou um placebo, com intervalo de alguns dias. “Foi um estudo duplo-cego. Nem os médicos nem os pacientes sabiam quem recebeu o tratamento, quem recebeu o placebo”, declarou Camilo Ricordi, autor do estudo.
A diferença entre os que receberam o tratamento e o placebo são notáveis. Em um mês de estudo, mais de 85% dos pacientes graves que receberam as infusões de células-tronco sobreviveram, contra 42% dos que receberam placebo.
Com o resultado positivo, a equipe também concluiu que o tratamento é seguro e não apresentou efeitos colaterais graves. A equipe também relatou que os pacientes se recuperaram de forma mais rápida.
Uma das maiores vantagens de um tratamento com células-tronco é que, apenas em um cordão umbilical doado de uma cesariana, por exemplo, é possível produzir até até 10 mil doses do tratamento para o Coronavírus.
De acordo com a publicação, o resultado além de ser um grande avanço para tratar pacientes graves de Covid-19, também é importante também o tratamento de outras doenças, como a Diabetes Autoimune tipo 1.
O CCB está apto para fornecer células-tronco mesenquimais retiradas de tecido de cordão umbilical.