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Vitrolabs: Kering e Bestsellers investem em couro cultivado à base de células-tronco

A empresa californiana especializada no cultivo de couro à base de células-tronco Vitrolabs anunciou ter arrecadado 46 milhões de euros. Nesta ronda de financiamento liderada pelo fundo Agronomics participaram também os grupos Bestsellers e Kering, bem como o ator Leonardo Di Caprio, a New Agraian e a Regeneration VC.

A Vitrolabs foi lançada em 2016 com a ambição de desenvolver e massificar a produção de couro cultivado em laboratório a partir de células animais. O objetivo é propor couro com ADN animal, mas não de um animal, ao contrário das alternativas vegan resultantes de plantas ou plásticos. Impulsionada pelo sucesso encontrado e com o apoio da Kering em matéria de testes, curtição e acabamentos, a Vitrolabs mudou-se no outono passado para um novo local de 4200 metros quadrados em Milpitas (Califórnia).

Ingvar Helgason, cofundador da Vitrolabs, defende: “Numa altura em que a gestão ambiental é mais importante do que nunca, as empresas de biotecnologia têm a oportunidade de liderar o caminho, mudando a maneira como produzimos materiais e construímos as cadeias de aprovisionamento. Ao lançarmos a primeira produção de couro cultivado, damos um passo importante no cumprimento da nossa missão de liderar a transição para um futuro mais sustentável.”

Há muito tempo que o couro à base de células-tronco atrai a atenção dos grupos de luxo. Em 2017, em Paris, a Vitrolabs foi uma das peças centrais do Fashion Tech Labs, cuja inauguração atraiu, entre outros, Antoine Arnault (LVMH) e François-Henri Pinault. O dirigente da Kering falou na ocasião à FashionNetwork sobre a importância estratégica destas fontes alternativas de couros e peles, tendo em vista a evolução das expectativas dos consumidores.

O líder do grupo de luxo, que posteriormente desenvolveu a sua ligação com a Vitrolabs, indicava: “É claro que certos materiais que utilizamos hoje em dia podem desaparecer ou ser interditos: a nossa responsabilidade é encontrar alternativas inteligentes. É nomeadamente esse o papel dos grandes grupos. Isso está em linha com o trabalho que temos feito no domínio dos novos materiais há alguns anos. Até trabalhamos com algumas empresas aqui apresentadas."

O couro cultivado é acompanhado de perto pela indústria internacional do couro, que, diante do número de alternativas vegan, lembra regularmente que o couro é, acima de tudo, um material animal. Uma versão cultivada do couro pode oferecer várias vantagens, como uma melhor regularidade e preservação das peles, que nunca terão sido submetidas às vicissitudes da vida animal. Acima de tudo, numa indústria do couro na qual a maioria das peles são subprodutos da indústria alimentar, esta cultura pelo ADN tornar-se-á uma alternativa à criação especificamente destinada à produção de peles (crocodilos, cobras, etc.).

Comentário CCB:

As células-tronco além da medicina regenerativa

Fonte: fashionnetwork | Matthieu Guinebault

Publicado em: 15 de agosto de 2022 às 17:08.
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