Bebê foi concebido para doar cordão umbilical ao irmão mais velho.
Está “curado para toda a vida”. Assim anunciaram os médicos do hospital de Sevilha, onde um menino espanhol que, sofrendo de uma grave anemia congênita, recebeu um transplante de cordão umbilical de seu irmãozinho, que, por sua vez foi concebido por fertilização assistida para garantir o tratamento.
O embrião foi selecionado de modo que, primeiro, não sofresse da mesma enfermidade, e segundo, fosse 100% compatível com o irmão André, que acaba de completar sete anos. Ele sofria de uma grave anemia em que só poderia sobreviver mediante transfusões de sangue periódicas.
Em outubro de 2008 nasceu Javier, concebido por fertilização assistida. Foi preservado o sangue placentário contido no cordão umbilical. Neste tipo de transplante, “as células progenitoras dos glóbulos vermelhos, durante a etapa intra-uterina, se formam em órgãos distintos, e estão muito presentes no sangue do recém nascido, que é o mesmo do cordão umbilical”, explicou Gustavo Kusminksy, chefe da seção de hematologia do Hospital Universitário Austral.
Transplantado não deve tomar medicação para sempre - Em janeiro, André foi submetido a quimioterapia durante uma semana. No dias 23 daquele mês, mediante uma simples injeção endovenosa, foram transplantadas as células do cordão umbilical de Javier. O menino ficou internado até o dia 18 de fevereiro em ambiente protegido de contaminação.
Por um ano, André deverá usar uma máscara cirúrgica na presença de outras pessoas. E diferente de outros transplantados, não deverá receber medicação pelo resto da vida.
As células-tronco do sangue do cordão umbilical, substituem com vantagens as retiradas da medula dos adultos.
Fonte: Diário Caterinense/Ciências