Os resultados mostram que novas células cerebrais foram capazes de se ligar aos circuitos neurais que guardam as memórias, restaurando suas funções normais
Um estudo feito por cientistas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, revelou que o aumento da produção de neurônios pode restaurar a memória de pacientes com Alzheimer.
Eles estimularam a neurogênese - processo de formação de novos neurônios, que é afetado pelo Alzheimer - em camundongos com a doença, aumentando a sobrevivência das células-tronco neuronais e excluindo um tipo de gene relacionado à morte delas.
Os cientistas usaram engenharia genética para “desligar” um gene relacionado à morte de células-tronco neurais, que dão origem aos neurônios, e assim, mais células cerebrais foram criadas.
Depois do procedimento, os camundongos passaram a apresentar um número maior de novos neurônios e as novas células cerebrais foram capazes de se ligar aos circuitos neurais que guardam as memórias, restaurando suas funções normais.
Os resultados trazem grandes avanços nas pesquisas de tratamento e cura da doença mais comum entre os tipos de demência. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 50 milhões de pessoas estão diagnosticadas com algum tipo de demência em todo o mundo, e segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão chegar a 74,7 milhões em 2030 e 131,5 milhões em 2050, devido ao envelhecimento da população.
A neurogênese ajuda a melhorar a qualidade de vida de pacientes com doenças neurodegenerativas.