A vereadora Chiara Ranieri (DEM) decidiu que vai armazenar o sangue do cordão umbilical da filha, que contém material rico em células-tronco. “Depois de muita pesquisa e busca por informações, meu marido e eu decidimos armazenar o material”, afirma a parlamentar, que está em licença-maternidade da Câmara de Bauru desde a última sexta-feira.
De acordo com pesquisadores, o cordão umbilical do bebê, que normalmente é descartado após seu nascimento, é extremamente valioso por ser rico em células-tronco que possuem uma habilidade única de se regenerar e se transformar em qualquer componente do sangue e do sistema imunológico. “Na família do meu marido há um histórico de câncer. Pensando no futuro e na saúde da minha filha, optamos por passar por esse procedimento, que será feito no parto.”
Depois do nascimento, o sangue contido no cordão umbilical e na placenta é transferido para uma bolsa coletora especial, sem qualquer risco à saúde da mãe e do bebê, e sem interferência nos procedimentos obstétricos. O sangue é processado e as células-tronco são selecionadas. Após isso, se dá o início do processo de criopreservação que, de acordo com o Centro de Criogenia Brasil (CCB), é um processo de congelamento programado para que finalmente as células sejam armazenadas em tanques de nitrogênio líquido a 196 graus celsius negativos.
No futuro, numa eventual necessidade, os pais ou responsável legal podem solicitar o material, que estará disponível para uso. O processo da criogenia permite armazenagem por muitos anos e o uso do material pode ocorrer a qualquer momento. “Já está tudo certo e vamos fazer o procedimento com o CCB. Só falta sabermos se a coleta será feita por uma enfermeira ou pelo próprio médico mesmo.” A chegada da primeira filha de Chiara está sendo aguardada para esta semana. “Se ela não nascer, segunda-feira passo por uma cesárea.”
Fonte: Monise Centurion