Há alguns anos, um renomado cientista vem sustentando a tese de que é possível alcançar a imortalidade.
José Luis Cordeiro, engenheiro venezuelano com formação no renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), coautor do livro “A Morte da Morte: A Possibilidade Científica da Imortalidade” junto com David Wood, continua a defender sua visão de que, em um prazo de 20 a 30 anos, a conquista da imortalidade será uma realidade. Mas será que é possível, mesmo, alcançar a imortalidade? Continue lendo para compreender a tese do cientista.
Para o cientista José Luis Cordeiro, o maior desafio reside na mudança de mentalidade das pessoas. “A história da humanidade sempre justificou e legitimou a morte, e o maior obstáculo a ser superado é a mentalidade das pessoas. O futuro começa em nossas mentes.”
Como membro do The Millennium Project, uma instituição dedicada a previsões futurísticas, Cordeiro explora temas como inteligência artificial, terapias com células-tronco, terapias genéticas e o vasto arsenal de descobertas em desenvolvimento pelos cientistas.
Em uma recente palestra online, ministrada para a Universidade Nacional de Singapura, o especialista ressaltou que a Ciência, especialmente a Biologia, está avançando exponencialmente e que através do mapeamento genético será possível identificar as causas potenciais de doenças e morte, e, assim, tomar medidas para prevenir com antecedência. “Nos próximos anos, testemunharemos avanços que parecerão mágicos, como afirmava Arthur C. Clarke, autor de ficção científica.”
Cordeiro ressalta que, apesar dos desafios das mudanças climáticas, o mundo atual é um lugar melhor para se viver, com maior acesso à saúde, educação e uma ética crescente. Ele relembra que, em 1900, a expectativa de vida não ultrapassava quatro décadas, mas em 2040, provavelmente, atingiremos a marca dos 100 anos.
O especialista ainda aponta que o sequenciamento do genoma humano, que custava US$ 3 bilhões em 2003, poderá ser realizado em apenas uma hora, ao custo de cerca de dez dólares, em 2028.
José Cordeiro é um entusiasta do movimento transhumanista, que busca aprimorar a capacidade humana, através da tecnologia. Ele argumenta que, como o envelhecimento está relacionado a uma série de doenças, avanços no rejuvenescimento celular podem tornar as pessoas imunes a condições como a Covid-19, influenza, Alzheimer, câncer, osteoartrite, catarata e doenças cardiovasculares.
De acordo com o cientista, a pandemia da Covid-19 destacou a vulnerabilidade da população idosa, que também sofre com essas outras doenças do envelhecimento. No entanto, a maioria dos recursos médicos é gasta no tratamento destas enfermidades.
“É hora de investir na longevidade, que representa um mercado de US$ 367 trilhões. Parar o processo de envelhecimento pode ser um ótimo negócio para a economia, talvez seja hora de declarar o 1º de outubro como o Dia Internacional da Longevidade”, reforçou o especialista.
A célula-tronco é o principal fator da medicina regenerativa.