Procedimento feito em sessões periódicas visa reduzir os efeitos da doença sobre o corpo
Desde que veio a público com o diagnóstico de Parkinson, em 2020, Ozzy Obsourne vem se submetendo a uma série de tratamentos visando abrandar os efeitos da doença. Anteriormente, sem entrar em detalhes específicos, o Madman contou que viajava periodicamente à Suíça para consultar com um dos maiores especialistas do mundo no assunto.
Agora, parece que a situação ganhou contornos mais concretos. Durante aparição no Ozzy Speaks, seu programa na rádio Ozzy’s Boneyard, do sistema pago americano SiriusXM, o cantor forneceu maiores informações sobre a que vem sendo submetido em tempos recentes.
“Acabo de chegar do médico, me injetaram células-tronco. Você sai de lá não se sentindo muito bem, mas seria muito pior caso não tivesse essa alternativa. Essa coisa que eu tenho é como uma super célula-tronco, sabe? Eles colocaram três garrafas em mim esta manhã. Já havia feito uma sessão cerca de três meses atrás e a nova foi um acompanhamento. Volto lá daqui uns seis meses.”
O uso de células-tronco no tratamento de portadores do Parkinson vem sendo estudado desde o início do século. Em 2002, conforme registro da Folha, um paciente americano teve diminuição de 83% dos sintomas através de um transplante. Agora, em experimentos conduzidos na Suécia, médicos e cientistas buscam a cura definitiva se valendo do mesmo método.
No final de 2022, Ozzy falou ao The Guardian sobre como lida com os efeitos da doença, com a qual foi diagnosticado há quase duas décadas, embora só a tenha trazido a público recentemente.
“A pior parte é caminhar. Você pensa que o pé levantou, mas ele não saiu do lugar. Sinto como se estivesse usando botas de chumbo o tempo todo.”
A outra consequência acabou sendo a depressão. Ele disse:
“Cheguei a um patamar mais baixo do que eu queria. Nada realmente funcionava para me animar. Então comecei a tomar antidepressivos e eles funcionam bem.”
Ozzy ainda toma três remédios para controlar o Parkinson, o que o causa perda de memória a curto prazo, além de constipações, o que o faz recorrer a laxantes. Aí o próprio não pode perder a piada.
“Depois que tomo o laxante, é hora de dinamite!”
Mas o momento dura pouco quando Osbourne reflete sobre o aspecto mais frustrante da doença: o destino final.
“Você aprende a viver o momento, porque não sabe o que vai acontecer. Você não sabe quando vai acordar e não vai conseguir sair da cama. A solução é simplesmente não pensar nisso.”
Parkinson é uma doença progressiva, portanto as terapias devem ser continuas.