Governo de George W. Bush proibiu uso de verbas oficiais para pesquisas. O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira o fim de várias restrições para pesquisas com células-tronco feitas com, verbas federais. "Milagres médicos não acontecem simplesmente por acidente", diisse ele ao fazer o anúncio que representa uma grande mudança na política americana. O ex-presidente George W Bush tinha bloqueado o uso de qualquer verba federal para pesquisas com linhagens de células-tronco criadas depois de 9 de agosto de 2001. Analistas afirmam que a decisão de Obama também pode levar o Congresso americano a suspender uma outra proibição, a de gastar o dinheiro de impostos para criar embriões. A proibição, conhecida como Emenda Dickey-Wicker, existe desde 1996 e é renovada todo ano pelo Congresso. Células-tronco são células com a capacidade de se transformarem em outro tipo de célula humana, células de ossos, músculos ou nervosas, por exemplo.
A pequena Dakota Clarke, 2 anos, conseguiu ver contornos e cores dos objetos e distinguir luzes à sua volta (babydakota.org/Divulgação) Uma menina britânica de dois anos de idade que nasceu cega teve sua visão reparada graças a um tratamento com células-tronco. A britânica Dakota Clarke, 2 anos, da cidade de Newtownabbey, na Irlanda do Norte, nasceu com displasia septo óptica, uma deficiência rara no nervo ótico que provoca cegueira. Ela foi submetida a um tratamento no hospital de Qingdao, na China. Segundo a família, que arrecadou dinheiro por meio de doações para a operação na China, o tratamento e a cirurgia não são realizados na Grã-Bretanha. O tratamento, que custa mais de US$ 40 mil, utiliza células-tronco retiradas do cordão umbilical da criança e injetadas na corrente sangüínea e corrigem as células danificadas. Após o tratamento, Dakota Clarke conseguiu ver contornos e cores dos objetos e distinguir luzes à sua volta. O método, conhec
Um novo estudo, feito por pesquisadores de diversos países, acaba de conseguir reverter déficits neurológicos em estágios iniciais em pacientes com esclerose múltipla a partir do transplante de células-tronco dos próprios indivíduos, informou a Agência Fapesp. As células foram usadas para "reinicializar" seus sistemas imunológicos. A maioria dos pacientes com esclerose múltipla, doença neurológica crônica de causa ainda desconhecida, tem episódios que são geralmente reversíveis. Mas, com o tempo ¿ geralmente de 10 a 15 anos após o início da doença ¿ a maior parte desenvolve esclerose múltipla progressiva secundária, que se manifesta na forma de danos neurológicos graduais e irreversíveis. O estudo foi feito com 21 pacientes, com idades entre 20 e 53 anos, que foram submetidos a tratamento entre janeiro de 2003 e fevereiro de 2005. O trabalho indicou melhoria nos 24 meses seguintes após o transplante, com o estado clínico se estabilizando posteriormente. De acord
O uso de células-tronco retiradas da medula óssea de ratos saudáveis reverteu a insuficiência renal crônica em animais que sofriam da doença. A função renal desses ratos, que era de 20% de sua capacidade, passou a 50% após o tratamento. “Esses resultados são inéditos na literatura e se mostram bastante promissores”, conta a professora Lúcia Andrade, do Laboratório de Pesquisa Básica da Disciplina de Nefrologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). O grupo agora tem a intenção de, inicialmente, usar este tratamento como medida terapêutica em cães e gatos. “Mas vale ressaltar que ainda não definimos nada neste sentido. Já para o uso em humanos, o caminho é bem mais longo e depende, principalmente, de tecnologia e de vários testes que tornem a técnica mais segura. Isso pode levar, no mínimo, uns dois anos”, destaca a médica. Os estudo está sendo publicado na revista Stem Cells. A pesquisa foi realizada a partir de um modelo animal de insuficiência renal crônica. Para s
Uma bolsa criogênica contendo células-tronco do cordão umbilical, armazenadas no único banco de sangue de cordão umbilical e placentário do Ceará, foi utilizada no transplante de medula de um paciente portador de Leucemia Mielóide Aguda. O procedimento foi realizado com sucesso no Hospital do Câncer Antônio Candido de Camargo, em São Paulo (SP). A coleta das células-tronco do cordão umbilical foi feita em Fortaleza, no dia 07 de agosto de 2007. Bem mais que um elo entre a placenta da mãe e o bebê, o cordão umbilical, com o advento de novas tecnologias na área de saúde, ganhou nova função. O sangue, antes totalmente descartado, juntamente com a placenta e o próprio cordão, passou a ser valorizado e reconhecido pela ciência médica como uma esperança para a cura de muitas doenças. “Nele, estão contidas células-tronco, que, desde 1988, têm sido pesquisadas por cientistas do mundo inteiro como alternativa para o tratamento mais de 40 tipos de doenças”, afirma o médico oncologista