Uso de substâncias especiais conseguiu induzir especialização desejada de células. Desafio é conseguir traduzir descobertas em terapias para seres humanos. Pesquisadores da Universidade de Twente, na Holanda, deram mais um passo nas tentativas de transformar as células-tronco numa ferramenta terapêutica real. Desta vez, a equipe liderada por Ramakrishnaiah Siddappa usou substâncias que conseguiram transformar células-tronco adultas em células ósseas. No futuro, espera-se que a técnica seja capaz de consertar fraturas em que parte do osso acaba sendo totalmente inutilizada. A equipe da Holanda trabalhou com as chamadas células-tronco mesenquimais, oriunda de partes da gordura e da medula óssea de humanos adultos. Elas têm sido alvo de muita polêmica, porque alguns trabalhos mostraram grande versatilidade de sua parte -- poderiam reconstruir vários tecidos, como músculo ou ossos. No entanto, outros estudos sugeriram que essa potencialidade é limitada pelos problemas que ess
Se passar da fase pré-clínica, estudo da PUC-PR será útil no tratamento de tromboses, entre outras doenças Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em parceria com a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio, conseguiram criar, em laboratório, vasos capilares a partir de células endoteliais (de revestimento interno das veias) extraídas das células-tronco do sangue do cordão umbilical. “Da forma como temos, é algo inédito”, afirmou o professor Paulo Brofman, coordenador da pesquisa de doutorado de Alexandra Senegaglia. Com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Insumos do Ministério da Saúde, Alexandra conseguiu desenvolver um meio de cultura, formado por diversos fatores de crescimento, que estimularam a diferenciação da célula e sua multiplicação. A expectativa é que possa contribuir no tratamento de doença
O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, sem restrições, a continuidade das pesquisas com células-tronco embrionárias no país. O presidente do Supremo, Gilmar Mendes, foi o último a apresentar sua decisão no julgamento, que teve início em março. Ele votou a favor das pesquisas, mas com ressalva sobre a necessidade de análise por comitê ligado ao Ministério da Saúde. O tema gerou polêmica no plenário. O que estava sendo julgado era uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contrária às pesquisas, sob a alegação de que elas violavam o direito à vida. Depois de um debate acalorado sobre a interpretação dos votos e as restrições sugeridas pelos ministros, o presidente do STF encerrou a sessão, anunciando um placar de seis votos pela improcedência da ação. E julgou vencidos os cinco votos que faziam ressalvas, em maior ou menor grau, às pesquisas. Após a sessão, Mendes foi questionado se as ressalvas feitas pelos ministros poderiam estimular um debate no Congresso
Iniciativa receberá recursos de R$ 21 milhões para pesquisas na área. Centros serão montados em cidades como Ribeirão Preto, São Paulo e Rio. Começa a funcionar até o fim deste ano no Brasil a Rede Nacional de Terapia Celular (RNTC), que receberá recursos de R$ 21 milhões para pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias. A previsão é que sejam montados cinco ou seis centros (laboratórios) em cidades como Ribeirão Preto, São Paulo e Rio, além de uma secretaria-executiva no Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio. Para discutir a criação da rede e sua instalação, um grupo de 30 pesquisadores se reuniu nos últimos dois dias em Ribeirão Preto (a 320 km de São Paulo). A proposta é que a RNTC não tenha um prédio físico, mas uma comissão coordenadora, formada por integrantes dos ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, financiadores do projeto, e por pesquisadores. Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Rei
Um grupo de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) conseguiu isolar células-tronco adultas que podem vir a ser usadas no futuro no tratamento da fissura labiopalatina. Mais conhecida como "lábio leporino", essa anomalia congênita faz com que as pessoas fiquem com uma abertura no lábio e no céu da boca. Usando uma amostra de tecido músculo labial de pacientes com a fissura, a geneticista Daniela Franco Bueno, do Instituto de Biociências da USP, obteve as células terapêuticas, que foram testadas depois em um experimento com ratos. Para verificar se elas seriam capazes de gerar tecido ósseo, os cientistas as implantaram em abertura nos crânios dos roedores. Associadas a uma membrana de colágeno, as células conseguiram reconstruir parte do osso que faltava nos animais. Segundo os cientistas --que já patentearam a técnica-- são boas as chances de que se consiga fazer agora o mesmo no palato. Se isso for possível, a idéia é usar músculos dos próprios pacientes