Pesquisadores da Universidade Médica do Sul na China obtiveram a aprovação dos reguladores para realizar ensaios clínicos de um fígado artificial baseado em células-tronco. Esta inovação promissora poderia oferecer uma nova esperança para as pessoas que sofrem de falência hepática, um problema de saúde grave e com poucas opções de tratamento. A falência hepática é uma condição em que o fígado deixa de funcionar repentinamente devido a várias causas, como infecções ou exposição prolongada a substâncias prejudiciais, como medicamentos ou álcool. A China registra aproximadamente um milhão de casos de falência hepática a cada ano, e as opções de tratamento são limitadas, com transplantes de fígado sendo a única solução, mas enfrentando desafios como a escassez de doadores, altos custos e a necessidade de imunossupressores de longo prazo para os receptores. O fígado bioartificial baseado em células-tronco se diferencia de outras abordagens ao realizar funções vitais, como desintoxicaç
Aditi Shankar, um mês após receber um rim de sua mãe, deixou de tomar a medicação vital que normalmente é obrigatória para todos os transplantados, a fim de evitar a rejeição do novo órgão, de acordo com um relato da Sky News. Imagem: Getty Images Uma menina de oito anos, que enfrenta uma doença genética rara, conquistou um marco notável no Reino Unido ao submeter-se a um transplante sem a necessidade de medicamentos imunossupressores pelo resto de sua vida. Essa conquista foi viabilizada pelo fato de Aditi primeiro ter passado por um transplante de células-tronco da medula óssea de sua mãe, Divya, antes de receber o rim de sua progenitora, como parte de um procedimento revolucionário realizado no Great Ormond Street Hospital, localizado em Londres. É importante lembrar que medicamentos imunossupressores são cruciais para pacientes transplantados, pois impedem que o corpo rejeite um órgão doado. No entanto, embora esses medicamentos desempenhem um papel vital na vida desses pacient
Uma nova técnica científica que utiliza organoides cerebrais – minicérebros artificiais cultivados em laboratório – está revelando as origens genéticas do transtorno do espectro do autismo (TEA) escondidas em nossos cérebros. Chamada de CHOOSE (que significa CR ISPR – organoides humanos – sequenciamento de RNA de célula única), a técnica combina genética elaborada e bioinformática quantitativa para estudar mutações de genes conhecidos por serem de alto risco para autismo e como essas mutações levam a alterações celulares específicas no cérebro fetal. Como cada célula individual no minúsculo cérebro in vitro carrega apenas uma mutação (no máximo) para um gene específico de alto risco, os efeitos de diferentes mutações podem ser analisados simultaneamente enquanto a célula em questão se divide e se multiplica no organoide em crescimento. Isto revela as consequências de múltiplas mutações numa experiência, reduzindo drasticamente o tempo necessário para a análise, dizem os pesquisado
Simpósio realizado em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, recebe 200 dos melhores pesquisadores do mundo para apresentar os avanços do uso de células-tronco. Foto: Domínio Público via Pixabay O empresário Kleber Lomonaco desconfiou que tinha algo errado quando percebeu que não sentia mais o cheiro dos alimentos. Ele, então, fez exames e descobriu que estava com Doença de Parkinson, uma doença que afeta o sistema nervoso e prejudica os movimentos. Como a doença foi diagnosticada no começo, o tratamento com remédios evitou complicações. "Com a medicação tomada assim regularmente, direitinho, mais os exercícios, acho que tudo isso contribui para que eu tenha uma vida normal, que ele não me atrapalhe muito", conta. O trabalho com células-tronco da pesquisadora sueca Malin Parmar traz esperança para Kleber e muitos outros pacientes com Parkinson. É que a equipe dela conseguiu substituti células doentes do cérebro por outras novas e saudáveis. Ela explica que quando o Parkinson
Encontro no interior de SP reuniu duzentos dos melhores pesquisadores do mundo sobre o assunto. Foto: Reprodução A ciência vive um momento de virada inédito na descoberta de como usar células-tronco para tratar doenças como Parkinson, Alzheimer, diabetes, câncer e problemas cardíacos. Quem aponta isso é a professora Lygia Pereira, conselheira da Sociedade Internacional de Pesquisa com Células-Tronco e que participou de um simpósio em Ribeirão Preto (SP) no mês passado ao lado de duzentos dos melhores pesquisadores do mundo sobre o assunto. Qual foi a evolução recente dos estudos? O momento dos estudos com célula-tronco é considerado de virada, segundo Pereira, porque os testes passarão a ser feitos em maiores proporções em seres humanos, depois de resultados promissores em animais. "A gente está vivendo um momento super interessante. Depois de muitos anos de pesquisas ousadas, mas responsáveis, em várias áreas da saúde, a gente está conseguindo sair dos testes em animais, camund