Um novo estudo, publicado na revista Cell Stem Cell, mostra como pesquisadores chineses conseguiram desenvolver rins contendo 60% de células humanas em suínos Imagem: Reprodução Cientistas chineses conseguiram desenvolver com sucesso rins contendo células humanas em embriões de porcos pela primeira vez, como mostra o estudo publicado na revista científica Cell Stem Cell. O objetivo desta pesquisa é encontrar alternativas para realização de transplantes de órgãos em seres humanos. A técnica utilizada pelos pesquisadores envolveu alterar a composição genética dos embriões suínos para em seguida, injetar as células responsáveis pela formação de rins humanos dentro dos animais. Segundo a equipe responsável pelo projeto, após os embriões serem implantadas nas porcas, passados 28 dias, começaram a desenvolver rins com estrutura normal, mas com uma grande presença de células humanas. Os rins foram a principal escolha dos pesquisadores dos Institutos de Biomedicina e Saúde de Guangzhou por
Um novo método desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, aprimorou o processo de criação de células produtoras de insulina a partir de células-tronco. Segundo o estudo, agora é possível produzir as células desejadas a uma taxa de 90%. Imagem: Reprodução Antes, o método utilizado gerava apenas 60% das células-alvo. De modo geral, a ideia é que isso se torne um tratamento sem injeções para pessoas diabéticas. Aquelas com com diabetes tipo 1 não possuem células funcionais das ilhotas do pâncreas para produzir insulina. Por isso, devem tomá-la constantemente por meio de injeções ou de uma bomba contínua. Apenas assim conseguem manter o funcionamento adequado do organismo, controlando a quantidade de açúcar no sangue e convertendo glicose em energia para as células. “O que estamos tentando fazer aqui é olhar além do horizonte e tentar imaginar como será o cuidado com o diabetes daqui a 15, 20, 30 anos”, afirmou James Shapiro, autor do estudo. “Eu não acr
Estudos com substância do cipó usado no chá mostra aumento da neurogênese e alteração no transporte de proteína relacionada à Alzheimer Imagem: Reprodução A ayahuasca, uma antiga bebida usada por povos indígenas amazônicos há milênios, aparece por muito tempo como uma fonte de mistério e questionamentos para a ciência. Enquanto a comunidade científica tem avançado na compreensão dos psicodélicos, a identificação precisa dos componentes ativos da ayahuasca tem sido um enigma. Recentemente, no entanto, novas descobertas lançaram luz sobre essa questão intrigante. Pesquisadores brasileiros, liderados pelo renomado neurocientista Stevens Rehen no Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) no Rio de Janeiro, estão conduzindo experimentos revolucionários com “minicérebros”, organoides especificamente, na busca por compreender os efeitos da ayahuasca e, em particular , do componente chamado harmina. Rehen, que teve seu interesse despertado pelos psicodélicos durante uma conferência de aya
Otávio Cabral-Marques aponta a terapia celular como uma alternativa para um tratamento com menos medicamentos e respostas imunológicas mais específicas, o que pode até mesmo reduzir o risco de morte Foto: Domínio Público via Pixabay Um estudo sobre o uso de terapias celulares – procedimento que consiste na reposição de células saudáveis no organismo para restaurar ou alterar determinados conjuntos celulares – no tratamento de pacientes com covid-19 apresentou como resultado a redução do risco de morte. O coautor do estudo e doutorando em bioinformática pela USP, Dennyson Leandro da Fonseca, comenta que o método é mais utilizado em tratamentos de câncer, mas que a expectativa é de expandir a terapia celular para o combate de outras doenças. Papel das células-tronco O coordenador da pesquisa e professor de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da USP, Otávio Cabral-Marques, explica que, com o avanço da pandemia do coronavírus, diversas pesquisas acerca do papel das células-
Os órgãos do nosso corpo são estruturas complexas em 3D compostas por uma variedade de tipos de tecidos, todos interagindo para cumprir uma função específica em nos manter vivos. Imagem: Reprodução Para compreender como se desenvolvem, funcionam e, por vezes, falham, os cientistas são frequentemente forçados a estudá-los num estado preservado, muito depois de terem parado de crescer. Tudo isso está mudando, com avanços num novo tipo de modelo biológico; o organoide. O que são organoides? Organoides são cópias 3D pequenas e simplificadas de órgãos criados fora de um corpo vivo, geralmente cultivados através do tratamento de combinações de tecidos ou células-tronco com nutrientes e sinais químicos (fatores de crescimento) que os incentivam a se diferenciar e a se auto-organizar. Normalmente variando em tamanho desde a largura de um fio de cabelo até alguns milímetros (uma fração de polegada) de diâmetro, essas réplicas ficam muito aquém de realizar toda a gama de funções do órgão