Um estudo de pesquisadores norte-americanos sugere uma nova alternativa para os pacientes que vivem com o vírus HIV. Segundo os cientistas, a terapia gênica poderá substituir parte do tratamento com antirretrovirais. A pesquisa foi publicada na revista Science Translational Medicine. Pesquisadores dos Estados Unidos alteraram geneticamente células-tronco adultas da medula, responsáveis pela produção do sangue. Adicionaram três genes que impedem a replicação e a infecção pelo HIV. Participaram do experimento quatro voluntários soropositivos que possuíam linfomas – um tipo de câncer que afeta o sangue – e, por isso, tinham indicação clínica para receber o transplante das células-tronco. As células transplantadas foram retiradas dos próprios pacientes antes do tratamento para eliminar o linfoma. Depois, vírus pertencentes ao mesmo grupo do HIV – os lentivírus – foram usados para inserir os três genes no núcleo das células que seriam usadas no transplante. Por segurança,
SÃO PAULO - Pela primeira vez, pesquisadores constroem e transplantam um fígado de laboratório, abrindo caminho para estudos que poderiam beneficiar milhares de pessoas à espera de um doador. A pesquisa publicada na Nature Medicine foi realizada em ratos e é bastante inicial, mas seus resultados são promissores. Liderados pelo dr. Basak Uygun, do Centro para Engenharia na Medicina do Hospital Geral de Massachusetts (MGH), cientistas usaram o tecido estrutural de fígados de rato como suporte para o crescimento de novas células por meio de um processo inédito. A idéia de criar um órgão a partir de outro pode parecer contraditória – afinal, por que não utilizar o primeiro para um transplante? Mas o problema é que muitos órgãos são descartados todos os anos por não serem compatíveis com receptores. Para se ter uma idéia da necessidade de órgãos, no Brasil, no 1º semestre de 2009, foram realizados 602 transplantes de fígado, de acordo com o Ministério da Sa
O ensaio terapêutico, que acaba de ser aprovado pelo FDA (Agência americana Food and Drug Administration), será conduzido por pesquisadores americanos liderados pelas Dras. Karen S. Aboody e Jana Portnow do City of Hope, na California. Trata-se de um centro especializado em tratamento de câncer, diabetes e outras doenças graves. O interessante é que o objetivo não é usar as células-tronco para substituir as células doentes. Elas serão usadas como veículo para transportar uma potente droga anti-cancerígena com o objetivo de tentar destruir um tipo de tumor cerebral muito agressivo, o glioblastoma. Se a experiência for bem sucedida será mais uma vitória obtida a partir das pesquisas com células-tronco embrionárias. Os tumores cerebrais malignos atingem mais de 20.000 americanos anualmente. Existem vários tipos de tumores cerebrais malignos. Dentre eles, o mais comum em adultos é um tipo de tumor denominado glioblastoma que é extremamente agressivo. São tumores muito invasiv
Raras descobertas em medicina geraram tanta expectativa quanto a das células-tronco. De fato, a possibilidade de regenerar tecidos lesados por meio do transplante de células capazes de diferenciar-se em qualquer outra talvez venha a representar para as doenças degenerativas típicas do século 21 um avanço semelhante ao dos antibióticos para as moléstias infecciosas no século passado. Para situar a discussão, vamos lembrar que existem 2 tipos de células-tronco: as adultas e as embrionárias. As adultas estão presentes na maioria dos tecidos e apresentam capacidade limitada de diferenciação, isto é, conseguem formar apenas alguns tipos de células. As embrionárias são totipotentes, ou seja, podem diferenciar-se em qualquer tipo de tecido. Células-tronco adultas são utilizadas nos transplantes de medula-óssea (que nada tem a ver com medula espinhal) em casos de leucemia, por exemplo. Depois de administrar doses altíssimas de quimioterapia e radioterapia que matam as células c
Foram criadas oito camadas de células, que formam o estágio inicial de uma retina. Usando células-tronco embrionárias humanas, o estudo é um marco no desenvolvimento de retinas totalmente transplantáveis no futuro. Retina de células-tronco - Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, criaram o estágio inicial da primeira retina humana feita em laboratório. Contendo oito camadas de células, a retina foi construída a partir de células-tronco embrionárias humanas. Esta é a primeira estrutura tridimensional feita com células-tronco. O avanço marca o primeiro passo rumo ao desenvolvimento de retinas totalmente prontas para o transplante. Diferenciação das células-tronco - O trabalho traz novas esperanças para pacientes com distúrbios oculares, como a retinose pigmentar e a degeneração macular, doenças que afetam milhões de pessoas, e que sofrem com a falta de doadores. "Nós construímos uma estrutura complexa constituída de vários tipos d